Andava a 2 semanas com este fim-de-semana em Rosário na cabeça, desde que o Figo (tuga que também está cá em BA a tirar um curso de fotografia) me mandou um email com fotografias espectaculares e que dizia… 3 dias, 1 ilha deserta, praia, trance e chill out non stop...
Confesso que nunca me tinha interessado muito nem ouvido música trance e à primeira impressão um festival com o nome guerreros del ARCOIRIS pode ser um bocado duvidoso, mas só a ideia de estar 3 dias numa ilha deserta desde logo me convenceu…
Precisava de 4 coisas: um saco cama, uma tenda, bilhete para o festival e alguém que alinhasse vir, por isso comecei a tentar arranjar apoiantes cá em casa, mas ninguém se mostrava muito interessado com a ideia, a não ser o Toni que tinha um teste na semana a seguir e não podia ir! (ainda tentei convencer o Ricardo a dizer que havia comida macrobiótica, e o Engenheiro a dizer que havia martelada, mas nada)
Liguei ao Figo, disse-me que curtia ir ao festival e que até tinha uns amigos espanhóis que iam mas tava no Uruguay e não sabia se ia chegar a Buenos a tempo de ir…
Não há crise hei de arranjar alguém para ir, pensava eu, mas faltavam quatro dias e só tinha 1 das 4 coisas que precisava: o saco cama do Toni!
Quarta-feira liga-me o Figo e diz-me: “Já estou em B.A. e tenho umas coisas para fazer, mas consigo despachar isto e vamos ao festival a Rosário no fim-de-semana, já somos 6 e temos tendas para todos, amanhã vamos comprar os bilhetes, se quiseres compro para ti…” Não precisava de ouvir mais nada!
Sexta-feira as 10 da matina encontramo-nos no Retiro (terminal de autocarros) e o Figo apresentou-me ao Pablo (espanhol) e à Celi (argentina) e entramos os 4 para o autocarro para uma viagem de 3 horas e meia até Rosário. Pelo caminho falei com o Pablo, que eu não sabia que era um expert em festas de trance, já tinha ido 2 vezes ao Boom e 1 vez ao Freedom em Portugal e também costumava organizar festas com os amigos em Barcelona… (comecei a sentir que era ali era só malta da pesada e eu o único que não percebia nada de trance!)
Liguei ao Figo, disse-me que curtia ir ao festival e que até tinha uns amigos espanhóis que iam mas tava no Uruguay e não sabia se ia chegar a Buenos a tempo de ir…
Não há crise hei de arranjar alguém para ir, pensava eu, mas faltavam quatro dias e só tinha 1 das 4 coisas que precisava: o saco cama do Toni!
Quarta-feira liga-me o Figo e diz-me: “Já estou em B.A. e tenho umas coisas para fazer, mas consigo despachar isto e vamos ao festival a Rosário no fim-de-semana, já somos 6 e temos tendas para todos, amanhã vamos comprar os bilhetes, se quiseres compro para ti…” Não precisava de ouvir mais nada!
Sexta-feira as 10 da matina encontramo-nos no Retiro (terminal de autocarros) e o Figo apresentou-me ao Pablo (espanhol) e à Celi (argentina) e entramos os 4 para o autocarro para uma viagem de 3 horas e meia até Rosário. Pelo caminho falei com o Pablo, que eu não sabia que era um expert em festas de trance, já tinha ido 2 vezes ao Boom e 1 vez ao Freedom em Portugal e também costumava organizar festas com os amigos em Barcelona… (comecei a sentir que era ali era só malta da pesada e eu o único que não percebia nada de trance!)
Chegamos a Rosário e já lá estavam o Nacho (também espanhol) e o Robin (italiano) que tinham chegado um dia antes para conhecer a famosa noite rosarina (ver post de rosário) e arrancamos todos a procura de um supermercado para comprar mantimentos para os 3 dias sem contacto com cidade (muita fruta, cenouras, bolachas, agua e álcool).
Depois fomos directos para o ponto de encontro onde ia chegar o barco para nos levar para a ilha, onde já estavam umas de dezenas de hippies… Tivemos de esperar uma hora pelo barco que se atrasou um bocado.
Apanhamos o barco ao fim do dia, lusco fusco, e toda a gente estava muita divertida e na expectativa para ver onde é que o barco nos ia levar, começámos a navegar a fundo ao longo de uma praia completamente deserta e com selva como painel de fundo e passado 5/7 minutos já estava de noite.
Passados uns 30 min de viagem, já completamente de noite, o barco começa a abrandar e o cenário que vemos é incrível…
A música já estava a bombar, um granda electro que se ouvia prai a 5 km dali, saímos do barco para a praia e a primeira coisa a fazer é encontrar um bom sítio para montarmos as 4 “carpas” (tendas). A ona de acampamento do festival já estava completamente cheia de gente amontoada a montar tendas, então decidimos ir explorar a ilha e encontrar um sítio sem ninguém, eu, o Figo, o Pablo, Nacho e a Celi metemo-nos selva adentro completamente às escuras e passado um bocado ficámos malucos com um riozinho que passava pelo meio da ilha que estava completamente iluminado por milhares de pirilampos… estava encontrado o spot perfeito.
Montámos as tendas e levámos as comidas para uma fogueira gigante ao pé da praia onde estava toda a gente a fazer assados e beber copos, jantámos qualquer coisa e conhecemos imensa gente boa onda. Passadas umas horas fomos conhecer a “cúpula” (como eu e o figo chamávamos à tenda azul) que já estava cheia de gente a dançar, e quase nem se conseguia estar dentro da cúpula com o barulho da música… (até se devia estar a ouvir em Lisboa!) puntz puntz puntz, só martelada…
O figo levou o tripé e tivemos a sacar as fotografias que vocês podem ver (o puto tem jeito), estava uma noite espectacular, um granda calor, o céu completamente CHEIO de estrelas que se reflectiam na agua à nossa frente, e toda a gente na praia a “cortire” a música.
O figo levou o tripé e tivemos a sacar as fotografias que vocês podem ver (o puto tem jeito), estava uma noite espectacular, um granda calor, o céu completamente CHEIO de estrelas que se reflectiam na agua à nossa frente, e toda a gente na praia a “cortire” a música.
A meio da noite (figo já estava na tenda desde as 3 da manhã morto) decidimos ir conhecer a zona de chill out, que se tinha de ir por um caminho muita estreito por dentro da selva com tabletas durante prai 20 min, até que chegamos a uma clareira com uma fogueira ao fundo com montes de colchões no chão e desenhos florescentes por todo o lado, e um dj muita discreto entre duas arvores que passava o melhor chill out que eu já ouvi na vida… Descansamos os ouvidos que já estavam um bocado castigados pela martelada da cúpula, num sitio onde até a pessoa mais stressada do mundo sentiria paz de espírito. Tivemos a conversa imenso tempo, o Pablo a contar-me histórias de Barcelona, o Nacho sempre a fazer qualquer coisa artesanal com a faca dele, e o Robin e a Celi à conversa, uns adormeceram outros ficaram perto disso…
Acordei no sábado bastante cedo, na tenda das comidas, já com o sol à vista, encontrei o figo e o pablo fora da tenda e a música ainda se ouvia lá ao fundo, “não acredito que ainda há malta lá que não dormiu” disse o figo, já estava um calor do caraças então vestimos um fato de banho e fomos ver o que é que se passava na praia, ainda havia pessoas a dançar todas aceleradas, e com o calor que estava fomos directos para a agua.
Passei o dia todo na praia, a martelada parou às 2 da tarde e começou a tocar uma banda com violinos, flautas e batuques, e tivemos a dar uns toques com uns argentinos, fomos passear pela praia para conhecer a ilha, fiz uma aula de yoga na praia (percebi que a minha flexibilidade está terrível) e conhecemos autênticos hippies com os quais “no pasa nada boludo!”
Por volta das 6:30 a cúpula começa outra vez a bombar com um fim de tarde absolutamente incrível e com toda a gente na praia. O figo sempre com a máquina e tripé a sacar ftgs únicas…
Foi uma longa noite de grande som e animação, tínhamos combinado que ninguém dormia, e fui o último resistente até as 11 da matina! Figo outra vez uma “decepção” e às 4 da manhã… se quedaba dormiendo en la carpa!
Domingo acordei as 2 da tarde, novamente na tenda das comidas (não sei porque!), com o Nacho a mexer em tudo à procura de bolachas, já estava toda a gente fora das carpas, e fomos outra vez para a praia onde a festa continuava…
Ao fim da tarde, desmontar as carpas, ir para o barco onde quase toda a gente adormeceu com um fim de tarde outra vez espectacular (céu cor de rosa!) e um sentimento de que daqui a pouco estamos de volta à civilização. Apanhamos o bus as 9 da noite de volta a Buenos…
Foi uma experiencia muita boa, “diferente” diziam uns, “inesquecível” diziam outros, mas fiquei com a impressão de que sem dúvida algures pelo mundo existirá um “universo paralelo” ao estilo do filme “The Beach” onde as pessoas estão em festa 24 horas por dia num ambiente exótico e longínquo…
Fotografias by Frederico "Figo" Tamagnini
10 comentários:
Grande post, sim senhor... grandes fotografias !
Sr. Engenheiro
boas fotografias, ve se que foi com carinho que publicaste esta mensagem.
continua assim...vais longe.
estes comentarios todos servem para recompensar esse trabalho.
coitado
rafeiro
re buenooo, tanto empenho neste desabafo.. f penim sempre a surpreender
continua a varrer
mat
Sim Srº Penim.. deve ter sido do caraças!
Grande Abraço
ah granda fenim queres ver que afinal ate sabes escrever!
boa descrição, deve ter sido uma loucura!quem me dera...
Grande Abraço...continua a "cortire"!!!e ve la se o canhiki deixa d ameninar!
esqueci me de assinar:
Jáleas, Tremécios, Lhá Véfia ou vulgo Mac
lol
Boludo, que ganda posta!! Re bien chico!! Gostei do teu estilo neo vagabundo de escrever!!
Comé?? Em novembro Cabo Polonio, para continuar com onda fiesta en la playa siempre!! Praia a norte praia a sul, cavalos e vacas selvagens y a unica maneira de chgar é de jipe!!!
Besos y Abrazos!!
Figo
Novembro quando? Dêm-me lá coordenadas que eu vou aí estar nesse grande mês.
figo saludos de portugal! keep on rockin!
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