Este fim de semana, Manuel Coimbra, Francisco Patricio e eu, fomos convidados por Tiago Gallego para irmos para Pilar. De salientar que fica a 60 kms de Buenos Aires
Pilar é uma pequena cidade cuja atracção principal é o Polo. Com esta frase pecebe-se o nível de cidade que fomos visitar.
Quando chegámos à estação de autocarros, vimos que a cidade até era bastante pobre, casas velhas e lojas sem interesse.
Mal o Tiago chegou explicou-nos que esta zona não tinha muito interesse. Fomos a um assador e comprámos carne e frango para 7 pessoas tendo em conta que erams apenas 4. Não gosto de falar de dinheiro mas queria salientar que custou-nos 8 euros!!
Logo percebemos que à volta de Pilar, existem imensas pequenas e grandes urbanizações de grande nível.
Fomos para casa do Gallego (como lhe tratamos), que encontra-se numa dessas urbanizações, comemos e bebemos uns copos e depois fomos para o tão esperado pre-boliche(festas particulares em casas antes de ir pás discotecas).
Mal chegámos, olharam para nós como se viéssemos de outra planeta, e nós olhámos para ELAS como se fossem de outro mundo também, porque gatas daquelas nunca tinha visto no meu mundo (falo por mim, é melhor).
Era cada uma mais gira que a outra, sempre muito reservadas mas nada que uns copos em cima nao ajudassem na conversa, pois o «paleio» em espanhol é mísero. Ensinámos também a jogar aqueles jogos de beber copos mais rapidamente (five-times-alive...).
Por nosso azar ou não, as mais gatas ja estavam todas ocupadas pelos melhores jogadores de polo. Cá (em Pilar) os jogadores de polo são como Manuel Coimbra, Antonio Botelho, Federico nigra, Francisco Patricio e Francisco Penim em Portugal, ou seja uns safões.
Depois fomos para a melhor e única discoteca de Pilar, mal chegámos, por coincidência ou não, estava uma «manada» ou «enxame» de gatas. Ficámos malucos, doidos, o que quiserem com o nível de gatas, e como há uns tugas que andam de anel no dedo, a minha vida ficava mais simples, apesar dessa concorrência não ser muito forte (reparem na taxa de basófia que eu carrego)
A música era Reggateon, o que para nós não facilitava nada, mas lembrámo-nos de tugas que costumam ir pa discotecas em Portugal ouvir este género de músicas com cabeleireiras e ficámos (manel, tiago e eu), com a pica toda. Não vou dizer quem é, mas queria mandar um especial abraço para o grande e enorme MANUEL LOURO!!!!
Para não só falar de noite, gostava de também vos dizer que apesar do mau tempo, conseguimos ir visitar o campos de treinos e as «boxes» do Gallego, e vimos :
_que de facto, mas de facto mesmo, esta cidade é espectacularmente formidável (frase do Engenheiro)
_que não tens UMA noção da cidade (frase do Manel «O Cigarradas» Coimbra)
_que é....Deixem-me ou dejénme (tradução espanhola)!!! (frase do ....rafeiro?)
Em baixo noutra publicação deixo-vos umas fotos
terça-feira, 30 de setembro de 2008
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
msg para as mães 2
Continuando o post anterior, a nível de hábitos alimentares o 6º e último elemento da casa Ricardo Ortigão Ramos, também ele um rafeiro, é aquele que mais estranhas refeições practica, combinando ninguem sabe como, os gostos de um velho de 80 anos com os de uma modelo em dieta, com os de um puto de 8 anos sempre a comer guloseimas.
Estamos a falar de um menino que até a hora de lanchar pode muito bem passar sem comer nada, ou se lhe der na gana come 1 pacote gigante de 210 Sugus e já não precisa de comer mais nada até a hora de jantar; um pouco antes do jantar começa a comer biscoitos macrobioticos de arroz integral com muita manteiga ou cereais da kellogg's enquanto prepara uma sopa de tomate de pacote para beber numa chávena de leite (sinistro, hein?!). Esta refeição pode também ser substituida por um prato de arroz branco o esparguete, ambos sozinhos e sem sal, ao mesmo tempo que bebe um copo de leite ou aguas com sabor (maçã verde ou morango de preferência).
Num dia com muitas coisas para pensar, este rafeiro pode ainda contrariar todos os horários das refeições humanas normais e alternar entre barritas energeticas e skitles ao longo do dia, e jantar 2 ou 3 copos de cereais sem leite e adormecer no sofa...
Quando questionado sobre os seus hábitos alimentares pelos outros membros da casa, Ricardana (como o Eng. lhe chama) grita "Epá deixem-me..." e passeia-se pela casa à procura de alguma coisa com açúcar para meter na boca...
Cordialmente de novo,
FP
msg para a mães
Esta mensagem é dedicada às «mães dos tugas argentinos», isto porque vou falar da «boa» alimentação dos seus respectivos.
Começo pelo Federico Nigra que como disse o Jorge«DE Mello» (nunca mas nunca se esqueçam do «DE», que eles (sangue azul não gostam)) é o imperador da casa. Federico é um rapaz que está para a comida como o Maradona está para a bola. Alimenta-se bem e nas horas certas. De vez em quando «peca» um bocado e come uns doces e uns salgados em excesso, mas sempre com muito equilibrio. De salientar que na cozinha, faz um tempêro para a parilla (barbecue) divino.
Francisco Patricio, mais conhecido Engenheiro, é um homem fisicamentes seco e magro mas com uma vontade de comer que nao acaba. É o tuga que mais dá prazer escrever quando o assunto é a comida. Ao pequeno almoco este menino come uma milanesa (bife panado XL) acompanhado por umas batatas fritas, ao almoço come uma milanesa suprema (bife panado XXL com fatias de fiambre e queijo por cima com um molho de tomate), ao lanche, refeição mais ligeira do dia, come um prato de cereais com leite, e à medida que come o seu lanche, vai perguntando o que se come para o jantar. Ao jantar meu deus!!, meu deus, se descrevesse tudo o que o engenheiro come nao saia daqui, posso apenas dizer que desde que cá chegámos o número médio de vacas mortas por dia aumentou uma em unidade, sabe-se lá porquê.
Toni, é o cozinheiro da casa, não se importa cozinhar em quantidades industriais, bem pelo contrário, fá-lo com prazer.
A sua alimentação baseia-se apenas em invenções culinárias tiradas da sua fértil imaginação, é capaz de sair da cama, às cinco da manha para fazer um bacalhau com algas do rio de la plata e com um bocado de oregãos!!! Toni é também conhecido como «MACGYVER» pois com um fio de esparguete e um bocado de carne picada congelada e capaz de fazer espetadas de lagostins.
Manuel Coimbra, futuro herdeiro da Grande Ganadaria Coimbra, é sem dúvida um homem com bom gosto no que toca a alimentação. Gosta bastante de uma boa carne, de um bom peixe, de tudo desde que seja bom, e no fim seja acompanhado por uma bela cigarrada. Nao cozinha, mas dá sempre uma grande ajuda a lavar pratos e CINZEIROS.
Francisco Penim, o rafeiro da casa, é um verdadeiro espanhol, só que em vez de comer os tão famosos «bocadillos», come um «bocadinho», do que os outros individuos da casa estão comendo. As suas famosas frases de pedinte já são conhecidas por toda Buenos Aires, «Dá-me um bocadinho para provar» e «Deixa lá ver isso» . Ataca de noite a dispensa, mas no dia seguinte diz sempre que é inocente e que não foi ele, apesar de já ter sido apanhado várias vezes.
Abraço para todos,
Cordialmente,
Richard
Começo pelo Federico Nigra que como disse o Jorge«DE Mello» (nunca mas nunca se esqueçam do «DE», que eles (sangue azul não gostam)) é o imperador da casa. Federico é um rapaz que está para a comida como o Maradona está para a bola. Alimenta-se bem e nas horas certas. De vez em quando «peca» um bocado e come uns doces e uns salgados em excesso, mas sempre com muito equilibrio. De salientar que na cozinha, faz um tempêro para a parilla (barbecue) divino.
Francisco Patricio, mais conhecido Engenheiro, é um homem fisicamentes seco e magro mas com uma vontade de comer que nao acaba. É o tuga que mais dá prazer escrever quando o assunto é a comida. Ao pequeno almoco este menino come uma milanesa (bife panado XL) acompanhado por umas batatas fritas, ao almoço come uma milanesa suprema (bife panado XXL com fatias de fiambre e queijo por cima com um molho de tomate), ao lanche, refeição mais ligeira do dia, come um prato de cereais com leite, e à medida que come o seu lanche, vai perguntando o que se come para o jantar. Ao jantar meu deus!!, meu deus, se descrevesse tudo o que o engenheiro come nao saia daqui, posso apenas dizer que desde que cá chegámos o número médio de vacas mortas por dia aumentou uma em unidade, sabe-se lá porquê.
Toni, é o cozinheiro da casa, não se importa cozinhar em quantidades industriais, bem pelo contrário, fá-lo com prazer.
A sua alimentação baseia-se apenas em invenções culinárias tiradas da sua fértil imaginação, é capaz de sair da cama, às cinco da manha para fazer um bacalhau com algas do rio de la plata e com um bocado de oregãos!!! Toni é também conhecido como «MACGYVER» pois com um fio de esparguete e um bocado de carne picada congelada e capaz de fazer espetadas de lagostins.
Manuel Coimbra, futuro herdeiro da Grande Ganadaria Coimbra, é sem dúvida um homem com bom gosto no que toca a alimentação. Gosta bastante de uma boa carne, de um bom peixe, de tudo desde que seja bom, e no fim seja acompanhado por uma bela cigarrada. Nao cozinha, mas dá sempre uma grande ajuda a lavar pratos e CINZEIROS.
Francisco Penim, o rafeiro da casa, é um verdadeiro espanhol, só que em vez de comer os tão famosos «bocadillos», come um «bocadinho», do que os outros individuos da casa estão comendo. As suas famosas frases de pedinte já são conhecidas por toda Buenos Aires, «Dá-me um bocadinho para provar» e «Deixa lá ver isso» . Ataca de noite a dispensa, mas no dia seguinte diz sempre que é inocente e que não foi ele, apesar de já ter sido apanhado várias vezes.
Abraço para todos,
Cordialmente,
Richard
domingo, 21 de setembro de 2008
Uma noite diferente II
É verdade, para espanto de muitos (especialmente para quem já leu o post "Uma noite diferente !), aproiveitámos que tinhamos cá visitas e fomos novamente ao Niceto.
A noite começou com uma patuscada na Parilla 22 que é uma tasca onde se como bem e barato.
Depois de travarmos conhecimento com alguns locais nuns bares ali da zona seguimos viagem para o niceto, ou "club 69" pois era 5f.
Diga-se que o nosso transporte para o boliche era qualquer coisa de extraordinário. Nem sei como aquilo andava!
Desta vez descobrimos que a discoteca tem uma outra pista onde tocam umas bandas convidadas e onde a música é mais leve.
A noite começou com uma patuscada na Parilla 22 que é uma tasca onde se como bem e barato.
Depois de travarmos conhecimento com alguns locais nuns bares ali da zona seguimos viagem para o niceto, ou "club 69" pois era 5f.
Diga-se que o nosso transporte para o boliche era qualquer coisa de extraordinário. Nem sei como aquilo andava!
Desta vez descobrimos que a discoteca tem uma outra pista onde tocam umas bandas convidadas e onde a música é mais leve.
Depois do concerto muito animado seguimos para a pista principal onde a acção se desenrola. Esta é uma discoteca mais ao género don Lux, onde a música é excelente, (tipo pista de baixo mas melhor), onde há sempre Dj's internacionais convidados.
Começa com o famoso show de breakdance....
Este é para ti Dom Kiko. A fazer lembrar os bons tempos de aranhiço!
A noite continua sempre a bombar...
O blog já não me deixa meter mais videos mas espero terem ficado com uma ideia. Depois disto a noite continua em grande!!!!
Se quiserem mais uns filmes digam que mando-vos pelo messenger.
sábado, 20 de setembro de 2008
Uma noite completa !
Acabadinho de chegar do Rio, Vasco Fino chega a casa dos Tugas em Buenos Aires.
Começámos por uma visita guiada à nossa casa onde Vasco pode observar algumas particularidades. Primeiro, as placas da rua, tal como em Portugal, teletransportam-se misteriosamente. Neste caso, uma placa que estava em Rosário veio parar ao nosso jardim... Estava firmemente enterrada à porta da discoteca mas nada que uns gritos de incentivo, o esforço de dois tugas e a força extra que uns vodkas rebbull conferem não resolvam. Diga-se que esta placa até dá muito jeito porque a *#%$/&$"! da nossa senhoria (não encontro insultos para descrever adequadamente a personagem) está sempre a aprecer para limpar o jardim. (espero no futuro dedicar um post inteirinho à senhora Patrícia).
Também pode observar o precioso investimento que fizemos na parilla, "barbecue" para a malta fina que gosta de estrangeirismos e churrasco para o tuga. Chamem-lhe o que quiserem, o que é facto é que depois de muita pesquisa lá escolhemos um modelo adequado às nossas necessidades.
Esta parilla é hoje um secesso comprovado. É sempre motivo para convivio, para convidarmos malta, para jantaradas bem regadas e principalmente para deliciarmo-nos com uma carne excepcional. Quem a vende é o talhante do minimercado chinês "Amor", quem a confeciona é o Sr. Patrício (pode-se dizer que hoje em dia é um mago nesta arte) e quem a tempera sou eu com a deliciosa receita do grande António Saldanha de Siqueira. (obg pela receita)! O resultado é invariavelmente um sucesso que leva a "huumm", "yamie", "definitivamente a melhor"e outras demonstrações de satisfação um pouco mais grotescas!
Para além disso, se por um lado os vizinhos não são grandes fãs do odor inconfundivel que fica entranhado nas suas cortinas e colchas, ao menos o jardim da Sra. Patrícia é sempre bem adubado com as grandes quantidades de cinza que sobram e o ácido úrico dos diversos convivas.
Depois de uma bela patuscada vamos conhecer as particularidades da noite Argentina. Dirigimo-nos ao Museum, uma discoteca feita por Eiffel, (sim, o mesmo da torre Eiffel) que tem 2 andares a darem para a pista central. Para grande espanto e felicidade tos tugas estava a passar a bola em directo. A selecção argentina jogava nos jogos olímpicos e a discoteva estava ao rubro a acompanhar a bola e o dj ao mesmo tempo. Diga-se que esta é uma noite after-office, para malta que trabalha e que quer ir arejar a cabeça.. mas também um local central para estudantes internacionais. Imaginem o ambiente que resulta desta misturada... Muito divertido!
Seguimos então para o Asia de Cuba. Supostamnete entrávamos à pala porque tinhamos um amigo que conhecia alguem que nos deixaria entrar sem pagar. Qual quê? chegamos à porta e o gorila insiste em dizer que é uma festa privada. Recorremos ao plano B, falar em português entre nós e falar com ele no pior espanhol que conseguimos ( o que no nosso caso é practicamente igual a falar no melhor espanhol que conseguimos). Como sempre, os olhos do porteiro começam a brilhar só de pensar nos dólares e euros que iriamos consumir e lá entra uma grupa só de homens para uma das discotecas mais badaladas de Buenos Aires. Muito se engana ele, se ao início achava tudo barato, hoje em dia tudo me parece caro. Fico com a sensação que me querem exturquir mal topam que não sou de cá... Irrita-me! Basta de propinas (gorjetas), não insistam que eu não dou! Um estudante internacional não é a mesma coisa que um turista...
Entre uma decoração que incluia budas, dragões chineses e de tudo um pouco, num óptimo ambiente e com uma grupeta muito divertida, tivémos uma grande noite! Isto só para o Vasco se ambientar ao nosso dia-a-dia de Buenos Aires!!
Começámos por uma visita guiada à nossa casa onde Vasco pode observar algumas particularidades. Primeiro, as placas da rua, tal como em Portugal, teletransportam-se misteriosamente. Neste caso, uma placa que estava em Rosário veio parar ao nosso jardim... Estava firmemente enterrada à porta da discoteca mas nada que uns gritos de incentivo, o esforço de dois tugas e a força extra que uns vodkas rebbull conferem não resolvam. Diga-se que esta placa até dá muito jeito porque a *#%$/&$"! da nossa senhoria (não encontro insultos para descrever adequadamente a personagem) está sempre a aprecer para limpar o jardim. (espero no futuro dedicar um post inteirinho à senhora Patrícia).
Também pode observar o precioso investimento que fizemos na parilla, "barbecue" para a malta fina que gosta de estrangeirismos e churrasco para o tuga. Chamem-lhe o que quiserem, o que é facto é que depois de muita pesquisa lá escolhemos um modelo adequado às nossas necessidades.
Esta parilla é hoje um secesso comprovado. É sempre motivo para convivio, para convidarmos malta, para jantaradas bem regadas e principalmente para deliciarmo-nos com uma carne excepcional. Quem a vende é o talhante do minimercado chinês "Amor", quem a confeciona é o Sr. Patrício (pode-se dizer que hoje em dia é um mago nesta arte) e quem a tempera sou eu com a deliciosa receita do grande António Saldanha de Siqueira. (obg pela receita)! O resultado é invariavelmente um sucesso que leva a "huumm", "yamie", "definitivamente a melhor"e outras demonstrações de satisfação um pouco mais grotescas!
Para além disso, se por um lado os vizinhos não são grandes fãs do odor inconfundivel que fica entranhado nas suas cortinas e colchas, ao menos o jardim da Sra. Patrícia é sempre bem adubado com as grandes quantidades de cinza que sobram e o ácido úrico dos diversos convivas.
Depois de uma bela patuscada vamos conhecer as particularidades da noite Argentina. Dirigimo-nos ao Museum, uma discoteca feita por Eiffel, (sim, o mesmo da torre Eiffel) que tem 2 andares a darem para a pista central. Para grande espanto e felicidade tos tugas estava a passar a bola em directo. A selecção argentina jogava nos jogos olímpicos e a discoteva estava ao rubro a acompanhar a bola e o dj ao mesmo tempo. Diga-se que esta é uma noite after-office, para malta que trabalha e que quer ir arejar a cabeça.. mas também um local central para estudantes internacionais. Imaginem o ambiente que resulta desta misturada... Muito divertido!
Seguimos então para o Asia de Cuba. Supostamnete entrávamos à pala porque tinhamos um amigo que conhecia alguem que nos deixaria entrar sem pagar. Qual quê? chegamos à porta e o gorila insiste em dizer que é uma festa privada. Recorremos ao plano B, falar em português entre nós e falar com ele no pior espanhol que conseguimos ( o que no nosso caso é practicamente igual a falar no melhor espanhol que conseguimos). Como sempre, os olhos do porteiro começam a brilhar só de pensar nos dólares e euros que iriamos consumir e lá entra uma grupa só de homens para uma das discotecas mais badaladas de Buenos Aires. Muito se engana ele, se ao início achava tudo barato, hoje em dia tudo me parece caro. Fico com a sensação que me querem exturquir mal topam que não sou de cá... Irrita-me! Basta de propinas (gorjetas), não insistam que eu não dou! Um estudante internacional não é a mesma coisa que um turista...
Entre uma decoração que incluia budas, dragões chineses e de tudo um pouco, num óptimo ambiente e com uma grupeta muito divertida, tivémos uma grande noite! Isto só para o Vasco se ambientar ao nosso dia-a-dia de Buenos Aires!!
Luzes, Câmera, Acção
Numa quarta-feira à tarde como todas as outras, toca o muito recorrido telemóvel do Eng. Patricio, do outro lado ouve-se uma voz brasileira: "E aí cara daqui fala João Gonçalves reporter da RTP Internacional, estou fazendo uma grande reportagem sobre Portugueses no estrangeiro, sua amiga me deu o seu contacto e me disse que voçê está por aqui por Buenos Aires com uns amigos a viver, gostava de pegar umas imagens vossas...". Patrigol foi apanhado um bocado de surpresa e teve mesmo para dizer que não podia pois já estava a meio de outras filmagens dum filme candidato a Oscar, mas lá acabou por dizer ao brasuca para ir ter connosco essa noite ao nosso habitual jogo de futebol contra os franceses.
À noite lá fomos jogar em Puerto Madero contra os francius, até que a meio da nossa reviravolta no marcador, chega uma "comitiva" de 3 brasileiros com cameras, cabos e luzes e acampam ao pé da baliza portuguesa defendida por Federico Nigra.
"Qué ito?" (pensei eu que não sabia de nada) "E aí Portugal, quem é o Francisco Patrício?" perguntou um brasuca com voz de apresentador de rádio; o Patricio lá teve a conversa com a malta das cameras, eles queriam fazer 3 entrevistas a portugueses e "pegar" umas imagens no nosso quotidiano, mas nos tavamos a meio de um derby por isso marcamos as ditas entrevistas para o dia seguinte. Entretanto o resto do nosso jogo foi logo filmado para a posterioridade...
"Qué ito?" (pensei eu que não sabia de nada) "E aí Portugal, quem é o Francisco Patrício?" perguntou um brasuca com voz de apresentador de rádio; o Patricio lá teve a conversa com a malta das cameras, eles queriam fazer 3 entrevistas a portugueses e "pegar" umas imagens no nosso quotidiano, mas nos tavamos a meio de um derby por isso marcamos as ditas entrevistas para o dia seguinte. Entretanto o resto do nosso jogo foi logo filmado para a posterioridade...
No dia seguinte por volta das 8 da noite, entram pela nossa casa adentro a malta das cameras, como se vivessem cá antes de nós e começam a montar luzes, cameras, cabos pretos e encarnados, cenarios, etc.
"Qué ito?" (pensei eu outra vez); rapidamente a nossa sala transformou-se num cenario de telenovela portuguesa com uma cadeira no meio para o Eng. Patrício.
O Eng. sentou-se no cenario caseiro, ainda sem saber o que é que aí vem e como a entrevista tardava em não começar foi buscar uma Coca-Cola pois tavam-lhe a vir os calores (confirma-se, as cameras intimidam). O reporter brasuca explicou outra vez o porquê da reportagem a Portugueses no extrangeiro e mais ou menos a perguntas que ia fazer ao Eng., que a partir de certa altura começaram a não ser pêra doce:
- Porquê vir estudar para a Argentina?
- Como é o seu dia-a-dia em Buenos Aires?
- Aconselharia a Argentina como um país para viver?
- De quem tem mais saudades?
- Qual é a coisa que mais odeia? (Benfica)
- (a partir daqui começa a cowboiada)
- Qual é o principal tempero do amor para si?
- O que é para si Felicidade?
- Se fosse Deus, o que mudava neste Mundo?
- Costuma-se emocionar?
- etc etc etc
No dia seguinte, chegou vindo do Rio de Janeiro, o sempre bem disposto Vasco Fino, que aterrou directamente na Avenida 9 de Julho com muita vontade de ir pra night e ansioso por ir ao jogo do Boca no domingo. Apesar de já conhecer a cidade, mal chegou ficou fascinado e dizia repetidamente: "Não há nada disto no Rio..."
Ao fim da tarde, começa a malta a chegar a casa e quase ao mesmo tempo que o Fino se começava a instalar, entram outra vez pela casa adentro os brasucas com as câmeras...
Próxima Vitima: Ricardo. As perguntas começam a rolar outra vez e depois do ricas ser entrevistado ainda houve tempo para eu, o Vasco e a Natalia (uma amiga brasileira que tava cá por casa) termos os nossos 5 minutos de fama, eu e a brasuca falamos sobre o Ricardo, e o Vasco falou sobre o Patricio.
A terceira e última entrevista estava marcada para o dia seguinte ao Nigra, mas houve noitada (vasco fino chegou as 7.30 da manha a casa sozinho) e no dia seguinte já ninguém recebeu os brasucas para mais filmagens. "Cara estou doente, vamos ter de marcar a fita para depois..." disse o Nigra
Mais uma vez os tugas em Buenos Aires na boca do mundo, vamos ficar atentos à RTP Internacional...
Abraço, f.penim
domingo, 7 de setembro de 2008
Mês Argentino
Passado um mês de vivência Argentina, e depois de muito se dizer que não contribuo para este grande blog, venho aqui partilhar com vocês o que tem sido o meu dia-a-dia e impressões deste primeiro mês argentino, para que quando me dizem "Pá deves tar a curtir comó crl, aproveita isso." e eu respondo "Ya isto é do caraças, tens de vir cá!" saibam do que estou a falar e queiram mesmo vir cá ou para os que não puderem vir, fiquem com alguma ideia de como se vive numa cidade não tão longínqua assim, como é Buenos Aires.
Falo de Buenos Aires e não da Argentina como um todo, pois tenho percebido que são bastante distintos; Buenos Aires (nome posto em honra da Virgem de Buen Aire) é actualmente uma cidade perfeitamente Europeia, com todas as grandes empresas e marcas multinacionais que estamos habituados a ver (desde MacDonald's a Nike, RipCurl, Delloite, Pepsi, Sheraton, etc, etc, etc), com bairros (principalmente Recoleta, Puerto Madero e Palermo) onde posso pensar que estou a andar nas ruas de Lisboa ou Madrid (antes de vir pensava que isto nunca seria possível num país da América do Sul), e com uma rede de transportes públicos (autocarros, táxis e metro) que funciona três vezes melhor que a Portuguesa e se paga três vezes menos...
As principais diferenças que me têm feito admirar esta cidade são a maneira de estar dos argentinos e o custo do nível de vida, que para os Europeus é como que se de repente pudéssemos comprar com o mesmo dinheiro duas vezes a mesma coisa, com 6 euros que se costuma gastar no Mac, aqui almoça-se duas vezes num bom restaurante de pizzas!Um destes dias quando fomos a Calle Florida (a principal rua turística de Buenos Aires) um argentino que tava a vender pulseiras artesanais disse: "Na Argentina tudo é brincadeira!" isso resume uma maneira de estar dos argentinos, sempre tranquilos, "no pasa nada!", tudo com uma granda barba e com o cabelo todo despenteado e de Rolote (com letra grande) e também se vêm alguns atrelados. As argentinas não são tão despreocupadas, e assemelham-se em muita coisa às Portuguesas, giras naturalmente sem precisarem de se arranjar, reservadas com as pessoas que não conhecem mas muita bacanas quando se tornam tuas amigas... Tanto argentinos como argentinas são completamente doentes por futebol, Maradona é considerado um Deus em vez de um ídolo, e todos os fim de semana Boca e River repartem aproximadamente ao meio os adeptos que enchem os estádios e cantam e saltam durante o tempo todo; nós já entrámos no espírito e todos os jogos em casa do Boca lá estamos, num programa que começa umas horas antes do jogo numa esplanada com umas jolas e cacauetes.
A nossa casa é do caraças, uma entrada digna de um prédio presidencial, uma sala grande com um jardim ainda maior onde fazemos grandes churrascadas com "bocadões" de carne argentina que é ainda melhor que a portuguesa (bifes gigantes), e temos quartos para toda gente estar a vontade, eu tive sorte no sorteio (para variar um bocado) e fiquei num quarto sozinho, o chamado “quarto de empregada” que é a parte do resto dos quartos com casa de banho privativa, sabes...
A nossa universidade é no bairro mais caro de Buenos Aires, Puerto Madero, e está ao lado de uma data de arranha-céus o que faz um efeito giro para as fotografias, os professores são uns bacanos todos muita próximos dos alunos (não há aulas teóricas, apenas aulas teórico-practicas), almoça-se no bar quase de borla, as meninas finas de Buenos Aires passeiam-se de um lado para o outro confundidas com gajos despenteados de rolote, alguns vestidos de fato outros de roupa rota e de all-stars.
Malta está tudo convidado para vir a uma cidade muita descontraída onde há noite todos os dias (concerto de djambés tdas as 2as, e o resto dos dias discotecas para todos os gostos) e feiras artesanais em todos os bairros para comprar bugigangas e fazer térérés e anelios....
Deixo aqui um abraço especial para a turma do aperta o duck:
Papi (queimadão), Dué (recto e verde na neve), Moids (rato), Rex (caudas cabrão), Jakin (safão do crl), Guga (alcantraaa), Mangas (issoo), Massas (in the right corner), Mac (jaliaass), Froes (style man), Titas (our celebrity)
Rosario
Finalmente, conseguimos fazer uma viagem todos juntos.
destino: Rosario, que como ja foi escrito noutra mensagem, e a capital universitaria da argentina.
segundo estatisticas dos tugas, 90% da populacao e composta por pessoas entre os 18 e 27 anos, e 90% desses 90% sao mulheres.
Conta a lenda que e de la que provêm as mulheres mais gatas da argentina, mas nao foi com certeza esse o factor que nos levou a rosario.
bem decidimos entao ir de carro em vez de autocarro para ter mais liberdade e nao ter pressa com os horarios. alugamos dois carros pois nao havia nenhuma carro de seis.
o primeiro carro era composto por patrigol, nigra e toni enquanto que o segundo era composto por penim, coimbra e eu.
destino: Rosario, que como ja foi escrito noutra mensagem, e a capital universitaria da argentina.
segundo estatisticas dos tugas, 90% da populacao e composta por pessoas entre os 18 e 27 anos, e 90% desses 90% sao mulheres.
Conta a lenda que e de la que provêm as mulheres mais gatas da argentina, mas nao foi com certeza esse o factor que nos levou a rosario.
bem decidimos entao ir de carro em vez de autocarro para ter mais liberdade e nao ter pressa com os horarios. alugamos dois carros pois nao havia nenhuma carro de seis.
o primeiro carro era composto por patrigol, nigra e toni enquanto que o segundo era composto por penim, coimbra e eu.
Dizia se que sair de buenos aires de carro sem bater , era como o sporting ir a luz espetar tres, ou seja impossivel, mas nada que os tugas resolvessem.
a viagem fez se muito bem, demorou cerca de 3h30.
Mal chegamos dirigimo nos logo para um bar ao pe da discoteca que iamos sair. comecamos a beber uns copos e depois fomos para a noite.
De facto a lenda confirmou-se, aquela terra era composta de dois tipos de animais:
_gatinhas morenas lindas de olhos verdes.
_gorilas com a barba por fazer e cabelo sem ver shampoo ha uns bons cinco anos.
da primeira noite, pouco nos lembramos do que aconteceu, mas nada de muito mal de certeza.
Acabamos as oito da manha numa pastelaria acabadinha de abrir e com umas belas medialunas (croissants) a nossa espera. Para nao gastar muito dinheiro, decidimos dormir no carro e nao num hostel.
Depois decidimos parar os nossos carros numa rua ao pe do mar para acordarmos e ver alguma coisa senao predios e poluicao.
com a nossa sorte acordamos numas das ruas principais com o sol a bater no vidro do carro, diga se de passagem que o cheiro a mofo e ressaca do carro era tao bom que acabamos todos por dormir, se e que se possa chamar de dormir, no jardim mais perto.
Quando acordamos fomos logo a procura duma maneira para ir pa uma ilha deserta para apanhar ar fresco e tentar tomar um banho no rio.
quando chegams a ilha, completamente deserta, o tempo tava tao bom que no ar so se viam kites (kitesurf). mas com as nossas saudades da praia nao havia outra solucao.
Almocamos no unico restaurante dessa ilha depois voltamos para visitar otra coisas de rosarios, acabamos por apenas dar mais umas voltinhas no carro, e ver que rosario nao e uma cidade tao bonita quanto achavamos.
mais tarde decidimos parar o carro, e passear nas docas, onde se via imensas pessoas sentadas na relva e na esplanada a beber mate, conversar, ouvir concertos de jazz chillout, com o por do sol. nota: nunca vi tantas gatas na minha vida!!
mais tarde decidimos parar o carro, e passear nas docas, onde se via imensas pessoas sentadas na relva e na esplanada a beber mate, conversar, ouvir concertos de jazz chillout, com o por do sol. nota: nunca vi tantas gatas na minha vida!!
Depois decidimos encontrar um sitio para jantar, demoramos uma hora e meia a encontrar, porque havia sempre alguem que nao queria ir a um por uma razao qualquer.
Valeu apenas pois o restaurante era pacato, comeu-se e bebeu-se mesmo muito e pagou-se mesmo muito...pouco.
eram mais ou menos uma da manha quando saimos do restaurante e fomos directos pa umas discoteca de nome (mdm, que se pronuncia madame), e um genero de lux em rosario.
sem duvida a maior discoteca que vimos em toda a nossa vida.
à entrada havia dum lado uma fila pa raparigas e do otro lado uma fila pa rapazes, mas o patricio, nigra e toni entraram pela porta vip.
os outros tres, tiveram que ir para a fila dos rapazes, aquela fila parecia uma festa de bombeiros!!!
a noite acabou por ser espectacular, o som diga se de passagem misero (reggaeton argentino e espanhol).
depois de mais uma noite e dormir no carro, ja todos se queixavam das costas, e o primeiro carro composto por toni, patrigol e coimbra partia de vez para buenos aires.
o segundo carro partiu meia hora depois.
bem, sabendo que a viagem de volta correu tudo bem acho que nao tenho mais nada para contar.
grande abraco
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