Começámos por uma visita guiada à nossa casa onde Vasco pode observar algumas particularidades. Primeiro, as placas da rua, tal como em Portugal, teletransportam-se misteriosamente. Neste caso, uma placa que estava em Rosário veio parar ao nosso jardim... Estava firmemente enterrada à porta da discoteca mas nada que uns gritos de incentivo, o esforço de dois tugas e a força extra que uns vodkas rebbull conferem não resolvam. Diga-se que esta placa até dá muito jeito porque a *#%$/&$"! da nossa senhoria (não encontro insultos para descrever adequadamente a personagem) está sempre a aprecer para limpar o jardim. (espero no futuro dedicar um post inteirinho à senhora Patrícia).
Também pode observar o precioso investimento que fizemos na parilla, "barbecue" para a malta fina que gosta de estrangeirismos e churrasco para o tuga. Chamem-lhe o que quiserem, o que é facto é que depois de muita pesquisa lá escolhemos um modelo adequado às nossas necessidades.
Esta parilla é hoje um secesso comprovado. É sempre motivo para convivio, para convidarmos malta, para jantaradas bem regadas e principalmente para deliciarmo-nos com uma carne excepcional. Quem a vende é o talhante do minimercado chinês "Amor", quem a confeciona é o Sr. Patrício (pode-se dizer que hoje em dia é um mago nesta arte) e quem a tempera sou eu com a deliciosa receita do grande António Saldanha de Siqueira. (obg pela receita)! O resultado é invariavelmente um sucesso que leva a "huumm", "yamie", "definitivamente a melhor"e outras demonstrações de satisfação um pouco mais grotescas!
Para além disso, se por um lado os vizinhos não são grandes fãs do odor inconfundivel que fica entranhado nas suas cortinas e colchas, ao menos o jardim da Sra. Patrícia é sempre bem adubado com as grandes quantidades de cinza que sobram e o ácido úrico dos diversos convivas.
Depois de uma bela patuscada vamos conhecer as particularidades da noite Argentina. Dirigimo-nos ao Museum, uma discoteca feita por Eiffel, (sim, o mesmo da torre Eiffel) que tem 2 andares a darem para a pista central. Para grande espanto e felicidade tos tugas estava a passar a bola em directo. A selecção argentina jogava nos jogos olímpicos e a discoteva estava ao rubro a acompanhar a bola e o dj ao mesmo tempo. Diga-se que esta é uma noite after-office, para malta que trabalha e que quer ir arejar a cabeça.. mas também um local central para estudantes internacionais. Imaginem o ambiente que resulta desta misturada... Muito divertido!
Seguimos então para o Asia de Cuba. Supostamnete entrávamos à pala porque tinhamos um amigo que conhecia alguem que nos deixaria entrar sem pagar. Qual quê? chegamos à porta e o gorila insiste em dizer que é uma festa privada. Recorremos ao plano B, falar em português entre nós e falar com ele no pior espanhol que conseguimos ( o que no nosso caso é practicamente igual a falar no melhor espanhol que conseguimos). Como sempre, os olhos do porteiro começam a brilhar só de pensar nos dólares e euros que iriamos consumir e lá entra uma grupa só de homens para uma das discotecas mais badaladas de Buenos Aires. Muito se engana ele, se ao início achava tudo barato, hoje em dia tudo me parece caro. Fico com a sensação que me querem exturquir mal topam que não sou de cá... Irrita-me! Basta de propinas (gorjetas), não insistam que eu não dou! Um estudante internacional não é a mesma coisa que um turista...
Entre uma decoração que incluia budas, dragões chineses e de tudo um pouco, num óptimo ambiente e com uma grupeta muito divertida, tivémos uma grande noite! Isto só para o Vasco se ambientar ao nosso dia-a-dia de Buenos Aires!!
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